22 de nov. de 2008

Carta aberta à governadora

Senhora Governadora,

Sou artista plástica e professora de História e Teoria da Arte, atuante na cidade de Porto Alegre.

Por ocasião da exposição que inaugurei na Galeria de Arte da FUNDARTE, em outubro último, e ao participar de conferência no Seminário Nacional em Arte Educação, promovido por aquela instituição na mesma época, tomei consciência da iminente desativação do curso de graduação em artes da FUNDARTE/UERGS, sediada em Montenegro.

O que vi e ouvi a esse respeito da parte de professores, pesquisadores, estudantes e participantes do seminário, oriundos de todo o Brasil, senhora governadora, deixou-me constrangida de pertencer ao estado sob sua gestão.

Atuando em Porto Alegre, oriento estudantes, artistas e professores de diversas regiões do Rio Grande do Sul e pude testemunhar a iniciação profissional de jovens graduados pela FUNDARTE que ingressam na comunidade de artistas e professores com o entusiasmo de quem sai de uma escola qualificada e da qual se orgulha.

Pergunto-lhe: já esteve na FUNDARTE? Dialogou com seus alunos e professores? Tem idéia do trabalho que realizam e da contribuição que, em seus poucos anos, a graduação da FUNDARTE proveu, em âmbito estadual? Tem ciência do nível de qualificação dos professores, que, por falta de perspectiva naquela instituição, têm-se colocado entre os primeiros classificados em concursos para instituições federais de ensino de nível superior? Está consciente da demanda pendente entre os jovens estudantes desde que a senhora deixou de autorizar novos concursos vestibulares?

Por omissão ou protelação – ambas inaceitáveis como justificativa do fechamento de uma instituição pública de ensino –, o concurso que regulamentaria o quadro de professores da FUNDARTE junto à UERGS permanece sem data para efetivar-se. Da mesma forma, os concursos vestibulares para ingresso de novos alunos permanecem sem previsão de realização. Não havendo quadro de professores e tampouco alunos para dar início a mais um ano letivo, parecerá justificada a desativação do curso. Será essa a conclusão a que a senhora espera que chegue a classe educadora e cultural de nosso estado? Seremos assim tão ingênuos a seus olhos?

Pessoalmente, senhora governadora, ainda me encontro sob o impacto da notícia a respeito de escolas do ensino fundamental fechadas em municípios do interior do estado sob o pretexto de falta de alunos, argumentado pela Secretaria Estadual de Educação. Para agravar essa impressão de abandono e indiferença por parte do Governo do Estado, os jornais de grande circulação divulgam a inexplicável demora na nomeação de um novo diretor da FAPERGS, o que deixou nossa principal instituição de fomento à pesquisa praticamente inativa ao longo de 2008.

Será essa a marca que seu governo deixará na educação e na pesquisa?

A desconstrução? O descaso? A imobilidade?

Desculpe-me a sinceridade, senhora governadora, mas ouso afirmar que, sem ações que evidenciem o contrário, tenderei a concluir que seu governo objetiva a imobilidade administrativa que flagela nossas instituições educacionais.

Esta carta é, também, uma manifestação de solidariedade para com aqueles estudantes que tristemente vêem anulada a instituição que os formou e aqueles que já não poderão candidatar-se a ela em um próximo concurso vestibular. Minha solidariedade dirige-se aos colegas artistas e professores da FUNDARTE que transferiram suas vidas das cidades de origem para se tornarem cidadãos de Montenegro, cidade que os abraçou nesse projeto que seu governo está em vias de extinguir por absoluta falta de ação. Minha solidariedade é para com a educação e a formação artística qualificadas que perdem terreno em nosso estado, sob sua gestão.

Senhora governadora, seja na qualidade de artista, palestrante, ensaísta ou professora, atuando junto a artistas, estudantes, professores e pesquisadores em artes, serei mais uma a assumir o compromisso de sensibilizar nossa comunidade em relação à triste realidade que presenciei em Montenegro.

Maria Helena Bernardes "http://www.chicolisboa.com.br/2008/?page_id=573" .


Como aluno da Fundarte/Uergs por vários anos fico triste em saber que o descaso com essa universidade continua. Uma universidade que formava "professores artistas", onde a arte era todos e tudo, não consigo imaginar como alguem que pode pensar em deixar morrer este belo trabalho. 

Enfim fico feliz em ver pessoas como Maria Helena Bernardes abraçando esta idéia e faço um apelo para que todo abracem esta causa. 

MARCELL DA SILVA

24 de out. de 2008

A História da música e educação


A Música na educação Ocidental

A música sempre teve seu lugar, às vezes mesmo um papel central na educação ocidental.

Os habitantes da Mesopotâmia acreditavam que os intervalos musicais eram o espelho da harmonia do Universo, e podemos supor que a música fosse estudada conjuntamente com a astronomia e a matemática nos seus templos. Para os gregos, a música significava cultura intelectual em geral, incluindo a literatura e a arte, para além da música no sentido moderno; a música (cultura do espírito) e a ginástica (cultura do corpo) eram os dois principais ramos da educação, e também dois dos principais atributos dos deuses gregos.

Na Idade Média, a Igreja monopolizou a educação: a principal utilidade do treino musical era então a de garantir a entoação correta do cantochão. As primeiras scholae cantorum surgiram no início da Idade Média e continuaram a ter um papel crucial na educação musical européia durante muitos séculos.

A velha associação da teoria musical com a matemática e a astronomia foi mantida nos currículos universitários medievais e renascentistas, cujas matérias se dividiam em dois grupos: o quadrivium (geometria, aritmética, música e astronomia) e o trivium (gramática, dialética e retórica). Durante a Renascença, a capacidade de tocar um instrumento ou cantar era socialmente indispensável, e qualquer artista ou pensador tinha conhecimentos de teoria musical.

A importância da música no pensamento dos reformadores

A música tinha um papel significativo no pensamento de vários reformadores da educação dos sécs. XVIII – XIX. Muitos deles basearam-se no filósofo francês Jean-Jacques Rosseau (1712-78), que se interessou pela música ao longo de toda a sua vida. No seu livro “Emile”, em que descreve a educação ideal para um rapaz, Rosseau incluiu propostas pormenorizadas para o treino musical. Sugeriu que o interesse pela música poderia ser despertado se os alunos aprendessem canções simples por ouvido, da mesma forma que aprendemos a falar, sendo que a leitura musical só deveria vir depois. Muitos professores de música modernos, concordam hoje com estas idéias.

Sucessores de Rosseau (distintos pensadores na época), realçaram também o valor da música na educação. Pestalozzi, sustentava que a música ajudava a «harmonizar» o caráter, e Froebel sustentava que a música ajudava a criança a realizar todo o seu potencial. A ligação entre a música e movimentos corporais, a importância do ritmo e da coordenação motora, o desenvolvimento da memória auditiva, constituíram ainda a base de importantes metodologias de ensino usadas na europa central.

A música: sublime e universal linguagem..

Para concluir e pelo que acima foi dito podemos inferir que a música relaciona-se com outras áreas chave da educação e formação da humanidade, como por exemplo a Matemática;Ciência; Atividade Física; Atividade Social; Arte/Tecnologia e Linguagem, tendo sido veículo de importantes permutas culturais e suporte essencial de tantas outras artes como a poesia, a dança, o teatro, o cinema, etc. Desta forma e pelo ensinamento que a história e a atualidade nos dá seria um desperdício, quase uma falta imperdoável, não proporcionarmos hoje aos alunos o ensino de tão sublime e universal linguagem.

26 de set. de 2008

Porque a música é tão importante?


A educação musical na vida das crianças tem uma grande importância para que futuramente esta criança seja um cidadão com caráter e é bem sucedido na vida. A sensibilidade, paciência, autodisciplina, coordenação, memorização e a capacidade de concentração, são qualidades exploradas pela música, onde as crianças que praticaram música levaram para os resto de suas vidas.
O trabalho com a música envolve a criança e o trabalho em grupo faz com ela aumente sua auto-estima e se dedique a colaborar por um objetivo comum entre os músicos do grupo, como em uma orquestra, onde cada músico tem um papel fundamental.
Estudos mostram que os alunos que praticaram música durante a infância tem grande facilidade matemática, além da grande memorial visual e auditiva.
É muito gratificante ser professor de música e poder ver os pequeninos tocando música em seus instrumentos, muitos passam dias na semana estudando o instrumento para poder chegar em aula e mostrar que esta tocando, isto se chama auto gratificação onde só depende dele para alcançar os objetivos e além de tocar para si próprio acaba dando prazer aos seus familiares e próximos.
Defendo a idéia de que não existe DOM, assim como já ouvi diversas vezes, "ah ele tem dom, para a música, você toca bem pois tem Dom pra música". Discordo, pois se formos analisar os chamados "Dons" sempre vermos que são pessoas que estão envolvidas com a música desde pequenos, seja direta ou indiretamente, além de muitas horas de estudo. O renomado professor SUZUKI, dos métodos de ensino Suzuki sempre afirmou que o Dom não existe e ele é desenvolvido por qualquer pessoa, claro existe as pré disposições físicas que podem facilitar a prática mas isto não é dom.
Bom, estou encerrando esta postagem por hoje, peço desculpa por deixar o blog muito tempo desatualizado, mas prometo atualiza-lo mais seguidamente. Comentem e mandem e-mails, pois o debate sobre a educação musical é muito importante.

26 de ago. de 2008

Educação musical será obrigatória na educação básica


"Sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na segunda-feira e publicada ontem no Diário Oficial, a lei estabelece o ensino musical no âmbito da disciplina de Artes nos níveis Fundamental e Médio. Porém, a definição sobre a periodicidade e o tempo que será ministrado caberá aos conselhos estaduais e municipais de Educação. Os sistemas educacionais terão três anos para se adaptarem à nova regra". (Fonte Zero Hora 20/08/08). Esta lei com certeza trará inúmeros benefícios para educação, não é só por eu ser professor de música, mas por acreditar que através da música e das artes poderemos ter uma sociedade mais culta e digna. Há inúmeras contradições sobre esta lei, muitos professores acham inútil a música na escola, porém existe diversos estudos tratando do assunto e mostrando que alunos que tiveram música na escola apresentam uma facilidade em lidar com números e letras. Muitos acham esta lei desnecessária e que deveríamos investir em outras coisas, mas eu pergunto, que coisas? As vezes reclamamos dos nossos alunos, que são insensíveis ou rudes demais, mas será que nós professores não estamos querendo isso? Querendo um aluno que entre quieto e sai quieto da sala de aula, que tire notas altas mas que não perturbe ou não questione o que esta sendo explicado. A música é a arte de expressar os sentimentos através dos sons, e hoje em dia a escola trabalha muito pouco os sentimentos dos alunos, poderemos notar que os alunos que praticam música reforçam seus laços afetivos e colaborativos, uma vez que para tocar algum instrumento ou cantar é preciso concentração, dedicação e respeito aos colegas. O aluno para obter resultados satisfatórios em música tem que se envolver por completo, isso acaba passando para outras disciplinas como a matemática, física, química e outras. Espero poder ver uma geração envolvida e comprometida com as artes, com certeza teremos cidadões mais críticos e questionadores, pessoas que lutaram por uma sociedade mais justa.

21 de ago. de 2008

A música e Internet

Sou Marcell, professor de música e informática e estou utilizando esse blog como uma ferramenta de auxílio. Espero que o blog seja muito utilizado pelos alunos e apreciadores de música e informática. Para quem quiser saber mais sobre os blogs na educação entre no blog da Oficina.